segunda-feira, 8 de setembro de 2008
sábado, 30 de agosto de 2008
Declaração Universal dos Direitos dos Animais
O Brasil e os países-membros da ONU são signatários da declaração abaixo, proclamada em uma assembléia da UNESCO em Bruxelas, Bélgica, em 27/01/1978
Art.1o - Todos os animais nascem iguais diante da vida e têm o mesmo direito à existência.
Art.2o - Cada animal tem direito ao respeito. O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar outros animais ou explorá-los, violando este direito. Ele tem o dever de colocar sua consciência a serviço de outros animais. Cada animal tem o direito à consideração e à proteção do homem.
Art.3o - Nenhum animal será submetido a maus-tratos e atos cruéis. Se a morte de um animal é necessária, deve ser instantânea, sem dor nem angústia.
Art.4o - Cada animal que pertence a uma espécie selvagem tem o direito de viver em seu ambiente natural terrestre, aéreo ou aquático, e tem o direito de reproduzir-se. A privação da liberdade, ainda que para fins educativos, é contrária a esse direito.
Art.5o - Cada animal pertencente a uma espécie que vive habitualmente no ambiente do homem, tem o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condições de vida e de liberdade que são próprias de sua espécie. Toda modificação imposta pelo homem para fins mercantis é contrária a esse direito.
Art.6o - Cada animal que o homem escolher para companheiro, tem direito a um período de vida conforme sua longevidade natural. O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.
Art.7o - Cada animal que trabalha tem direito a uma razoável limitação do tempo e intensidade de trabalho, a uma alimentação adequada e ao repouso.
Art.8o - A experimentação animal que implique sofrimento físico é incompatível com os direitos dos animais, quer seja uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer outra. As técnicas substitutivas devem ser utilizadas e desenvolvidas.
Art.9o - No caso de o animal ser criado para servir de alimentação, deve ser nutrido, alojado, transportado e morto, sem que para ele resulte em ansiedade e dor (Nota do Jornal da Serra: este item, um dia, será desnecessário..., pois o ser humano evoluído não matará para comer).
Art.10o - Nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem. A exibição dos animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.
Art.11o - O ato que leva à morte de um animal sem necessidade é um biocídio, ou seja, um delito contra a vida.
Art.12o - Cada ato que leva à morte um grande número de animais selvagens é um genocídio, ou seja, delito contra a espécie.
Art.13o - O animal morto deve ser tratado com respeito. As cenas de violência em que os animais são vítimas devem ser proibidas no cinema e na televisão, a menos que tenham como foco mostrar um atentado aos direitos dos animais.
Art.14o - As associações de proteção e de salvaguarda dos animais devem ter uma representação junto ao governo. Os direitos dos animais devem ser defendidos por leis, como os direitos humanos.
(Resolução aprovada pela ONU)
Fonte: Renctas (Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Silvestres)
Art.1o - Todos os animais nascem iguais diante da vida e têm o mesmo direito à existência.
Art.2o - Cada animal tem direito ao respeito. O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar outros animais ou explorá-los, violando este direito. Ele tem o dever de colocar sua consciência a serviço de outros animais. Cada animal tem o direito à consideração e à proteção do homem.
Art.3o - Nenhum animal será submetido a maus-tratos e atos cruéis. Se a morte de um animal é necessária, deve ser instantânea, sem dor nem angústia.
Art.4o - Cada animal que pertence a uma espécie selvagem tem o direito de viver em seu ambiente natural terrestre, aéreo ou aquático, e tem o direito de reproduzir-se. A privação da liberdade, ainda que para fins educativos, é contrária a esse direito.
Art.5o - Cada animal pertencente a uma espécie que vive habitualmente no ambiente do homem, tem o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condições de vida e de liberdade que são próprias de sua espécie. Toda modificação imposta pelo homem para fins mercantis é contrária a esse direito.
Art.6o - Cada animal que o homem escolher para companheiro, tem direito a um período de vida conforme sua longevidade natural. O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.
Art.7o - Cada animal que trabalha tem direito a uma razoável limitação do tempo e intensidade de trabalho, a uma alimentação adequada e ao repouso.
Art.8o - A experimentação animal que implique sofrimento físico é incompatível com os direitos dos animais, quer seja uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer outra. As técnicas substitutivas devem ser utilizadas e desenvolvidas.
Art.9o - No caso de o animal ser criado para servir de alimentação, deve ser nutrido, alojado, transportado e morto, sem que para ele resulte em ansiedade e dor (Nota do Jornal da Serra: este item, um dia, será desnecessário..., pois o ser humano evoluído não matará para comer).
Art.10o - Nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem. A exibição dos animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.
Art.11o - O ato que leva à morte de um animal sem necessidade é um biocídio, ou seja, um delito contra a vida.
Art.12o - Cada ato que leva à morte um grande número de animais selvagens é um genocídio, ou seja, delito contra a espécie.
Art.13o - O animal morto deve ser tratado com respeito. As cenas de violência em que os animais são vítimas devem ser proibidas no cinema e na televisão, a menos que tenham como foco mostrar um atentado aos direitos dos animais.
Art.14o - As associações de proteção e de salvaguarda dos animais devem ter uma representação junto ao governo. Os direitos dos animais devem ser defendidos por leis, como os direitos humanos.
(Resolução aprovada pela ONU)
Fonte: Renctas (Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Silvestres)
domingo, 27 de julho de 2008
sábado, 26 de julho de 2008
video de deprepação do arboreto da vila amalia
NÚCLEO ENGORDADOR PARQUE ESTADUAL DA CANTAREIRA
Faixa Etária: Reservas:Roteiro:
8ª série em diante30 dias de antecedênciaVisita as dependências do Núcleo Engordador, localizado no Parque Estadual da Cantareira. No local existia, no final do século XVII, uma fazenda para a "engorda" de gado; em 1.904, começou a serutilizado na captação de água para o abastecimento da cidade de São Paulo; percurso da "Trilha das Cachoeiras", com aproximada-mente 3 Km com duração de 3hs. Grau de dificuldade médio. Noções sobre a Mata Atlântica, observação espécies exóticas e nativas da fauna e da flora, tais como: embaúba, jequitibás, bromélias, Baúnas, Tapias, Bugios, Serelepes, etc... No final da trilha, possibilidade de banho numa pequena queda d'água. Visita a "Casa da Bomba" e ao Centro de Educação Ambiental. Atividade apostilada. Os alunos deverão levar um lanche reforçado para a trilha.
Faixa Etária: Reservas:Roteiro:
8ª série em diante30 dias de antecedênciaVisita as dependências do Núcleo Engordador, localizado no Parque Estadual da Cantareira. No local existia, no final do século XVII, uma fazenda para a "engorda" de gado; em 1.904, começou a serutilizado na captação de água para o abastecimento da cidade de São Paulo; percurso da "Trilha das Cachoeiras", com aproximada-mente 3 Km com duração de 3hs. Grau de dificuldade médio. Noções sobre a Mata Atlântica, observação espécies exóticas e nativas da fauna e da flora, tais como: embaúba, jequitibás, bromélias, Baúnas, Tapias, Bugios, Serelepes, etc... No final da trilha, possibilidade de banho numa pequena queda d'água. Visita a "Casa da Bomba" e ao Centro de Educação Ambiental. Atividade apostilada. Os alunos deverão levar um lanche reforçado para a trilha.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Guenji Yamazoe, da floresta e das árvores...Horto Florestal
Engenheiro agrônomo, ele dedicou a vida ao estudo das árvores brasileiras. E garante: elas podem ser rentáveis
Fernanda Yoneya
O engenheiro agrônomo paulista Guenji Yamazoe, ex funcionario do Instituto Florestal- sempre foi interessado pela área florestal. Mas, ao ingressar na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), o assunto era tão incipiente que havia apenas “uma cadeira de silvicultura”, conta. Mesmo assim, formou-se em 1963 e, dois anos depois, ganhou uma bolsa do Ministério de Educação do Japão para estudar nas Universidades de Hokkaido e de Kiushu. Por dois anos, aprofundou-se no estudo de florestas.
“Foi no Japão que meu interesse por florestas aumentou”, diz o nissei de 72 anos, nascido em Mairiporã (SP). Por ser um país montanhoso e de geografia acidentada, o território agricultável no Japão é limitado. Talvez por isso, lá exista uma grande tradição florestal: as florestas ocupam 68% do território - e 42% desta área, ou 10 milhões de hectares, são plantadas.
Para o agrônomo, existe uma estreita relação dos agricultores japoneses com o plantio de árvores. Lá, conta Yamazoe, “é uma necessidade, uma forma de garantir água para os cultivos de arroz e uma fonte de fornecimento de madeira”. Aqui, avalia, o cultivo de árvores é visto como obstáculo ao desenvolvimento da agropecuária.
A vida do engenheiro agrônomo se confunde com a do Instituto Florestal de São Paulo. Começou a trabalhar lá em 1968, quando o instituto ainda era chamado de Serviço Florestal e pertencia à Secretaria de Agricultura - hoje, é da Secretaria do Meio Ambiente. Recém-contratado, foi supervisionar uma unidade em São Miguel Arcanjo. “O serviço era puramente administrativo”, recorda. Yamazoe voltou à sede em 1970 e cuidou da parte orçamentária do órgão até 1980. Depois, assumiu a direção geral do instituto e em 1984 tornou-se diretor da divisão de Florestas e Estações Experimentais.
Andando pela área do instituto, Yamazoe mostra, orgulhoso, uma área de 2 mil metros quadrados, plantada em 1974 e 1976, com 32 espécies nativas. O plantio é chamado carinhosamente pelo agrônomo de “experiência de fundo de quintal”, já que o terreno fica no “quintal” da casa onde ele morou com a família por 36 anos. A área foi batizada de Bosque do Banzé, em homenagem ao cachorro da família que morreu na época e foi enterrado onde hoje está plantado um exemplar de jequitibá branco. Plantados em 1976, um jatobá e um pau-marfim são outras atrações do bosque e motivo de orgulho do agrônomo.
Yamazoe também se anima ao falar de um projeto recente de plantio. Em 2000, foi instalado no Parque Estadual Alberto Löfgren (Horto Florestal), no Instituto Florestal, na capital paulista, o Arboreto Comemorativo dos 500 Anos do Brasil, com o plantio de 500 árvores de 24 espécies nativas diferentes, mais 50 cerejeiras do Himalaia. O arboreto, com área de um hectare, marcou a comemoração de 500 anos do descobrimento do País e as cerejeiras simbolizam a cooperação entre Brasil e Japão. Universidades, escolas, empresas e associações que aderiram ao projeto pagaram R$ 100 por árvore. Hoje, o local recebe a visita de mais de mil estudantes de ensino fundamental por mês. Para o agrônomo, não existe método de educação ambiental mais eficiente. “Eles descobrem, por exemplo, que o pau-brasil ainda existe, que não está extinto.” Outra prova de que o investimento compensa é que o arboreto, em sete anos, já seqüestrou 39 toneladas de carbono.
Aposentado há dois anos, Yamazoe não se esquece do tempo em que trabalhou e morou no instituto. “A desvantagem de morar no trabalho era quando aparecia alguma emergência de fim de semana - normalmente algum incêndio - e não tinha como fugir”, ri. Mas não se arrepende: “Criei meus filhos lá e tinha a facilidade de morar perto do emprego. Sinto-me um privilegiado.
”MODELO DE CULTIVO
Este ano, Yamazoe planeja aproveitar os festejos do centenário da imigração japonesa no Brasil para divulgar e instalar os primeiros projetos na comunidade nipo-brasileira do projeto “Florestas de uso múltiplo”, modelo de cultivo florestal que pode tornar viável o plantio de árvores nativas com o auto-custeamento da produção. “É até irônico: embora o Japão tivesse tradição florestal, o trabalho de muitos imigrantes japoneses no Brasil era desmatar e abrir espaço para lavouras de café. Essa tradição de plantar árvores ficou adormecida por 100 anos.” Para ele, o desinteresse para as atividades florestais se explica pela falta de tradição florestal do Brasil e pela ausência de uma política florestal consistente e de incentivo. “A resistência de produtores em cultivar espécies nativas normalmente vem do alto investimento, demora no retorno financeiro e dificuldade técnica de manejo.
”Pelo modelo de reflorestamento proposto por Yamazoe, porém, investe-se na diversificação de produtos, em busca de um manejo sustentável da área produtiva. “Para o agricultor, que precisa de retorno econômico, o modelo pode ser adotado em áreas de reserva legal, que podem ser exploradas comercialmente.” A idéia é que o agricultor lucre enquanto a floresta for crescendo, com cultivos anuais (milho e soja, por exemplo), frutas e extração de madeira, com cada grupo plantado dentro de uma faixa e obedecendo a critérios agronômicos.
A curto prazo, em quatro a cinco anos, já haverá produção de frutos com potencial econômico, como araçá, uvaia, cambuci, cabeludinha, grumixama etc, além de sementes de espécies pioneiras, que têm crescimento rápido e vida curta. A médio prazo, a partir de 10 a 15 anos, o agricultor poderá lucrar com a extração de madeira branca, como guapuruvu, tamboril, anda-açu e caixeta, além da produção de palmito juçara, cujos frutos podem ser aproveitados para a produção de alimento. A longo prazo, em 30 anos, já haverá a possibilidade de produzir madeira nobre, como jatobá, jequitibá e guanandi. Para o agrônomo, o mais importante é não ficar se lamentando sobre o desmatamento e investir no replantio de árvores nativas, “que não demora e não é tão difícil quanto se pensa”. A fiscalização ostensiva adotada para frear o desmatamento, para ele, é ineficiente e cara.
Yamazoe espera que, assim como os primeiros 100 anos da imigração japonesa foram marcados pela excelência da comunidade nipo-brasileira na produção agrícola, o próximo centenário seja lembrado pelo avanço das atividades florestais no País, de forma a conciliar preservação ambiental e ganhos produtivos. “Ao longo dos anos, temos constatado uma consciência florestal da comunidade, o que me leva a apostar em uma mobilização para um plano de reflorestamento.” Para ele, é preciso pensar além dos ganhos econômicos. “Em termos ambientais, ter um jatobá na propriedade é uma valorização e tanto. Vale a pena cortá-lo para extrair a madeira ou não?”, questiona. “Penso que mesmo que não haja um centavo de lucro, o saldo será positivo. Em último caso, sobra a floresta, o que já é muita coisa.
”Sementes não germinaram, mas são símbolos''
O Instituto Florestal manteve, por 25 anos, uma rica parceria técnica com a Japan International Cooperation Agency (Jica), órgão do Ministério dos Negócios Estrangeiros do governo japonês. De abril de 1979, com o início do projeto Pesquisas Florestais no Estado de São Paulo, a abril de 2004, com o encerramento do projeto Pesquisa em Conservação de Florestas e do Meio Ambiente, foram compartilhadas pesquisas nas áreas de manejo de bacias hidrográficas, recuperaçãoflorestal e controle de erosão.
O agrônomo Guenji Yamazoe relata que, em 1951, o instituto recebeu uma carta do reitor da Universidade de São Paulo (USP) com uma solicitação do reitor da Universidade de Hiroshima, que pedia mudas e sementes. A solicitação, conta Yamazoe, fazia parte de uma campanha de recuperação de áreas verdes da cidade japonesa, que havia sido atingida pela bomba atômica em 1945, fato que marcou o fim da Segunda Guerra Mundial. Foram enviadas pelo então Serviço Florestal sementes de 20 espécies, das quais 19 eram de plantas nativas. Em julho de 1992, quase 40 anos após a campanha, Yamazoe, em viagem ao Japão, passou pela Universidade de Hiroshima, onde teve acesso às sementes enviadas, todas catalogadas e registradas. “A germinação das sementes deve ter sido nula, pois foram pelo menos dois meses de viagem de navio. Mas o valor simbólico do gesto marcou definitivamente as atividades do Instituto Florestal.”
Fernanda Yoneya
O engenheiro agrônomo paulista Guenji Yamazoe, ex funcionario do Instituto Florestal- sempre foi interessado pela área florestal. Mas, ao ingressar na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), o assunto era tão incipiente que havia apenas “uma cadeira de silvicultura”, conta. Mesmo assim, formou-se em 1963 e, dois anos depois, ganhou uma bolsa do Ministério de Educação do Japão para estudar nas Universidades de Hokkaido e de Kiushu. Por dois anos, aprofundou-se no estudo de florestas.
“Foi no Japão que meu interesse por florestas aumentou”, diz o nissei de 72 anos, nascido em Mairiporã (SP). Por ser um país montanhoso e de geografia acidentada, o território agricultável no Japão é limitado. Talvez por isso, lá exista uma grande tradição florestal: as florestas ocupam 68% do território - e 42% desta área, ou 10 milhões de hectares, são plantadas.
Para o agrônomo, existe uma estreita relação dos agricultores japoneses com o plantio de árvores. Lá, conta Yamazoe, “é uma necessidade, uma forma de garantir água para os cultivos de arroz e uma fonte de fornecimento de madeira”. Aqui, avalia, o cultivo de árvores é visto como obstáculo ao desenvolvimento da agropecuária.
A vida do engenheiro agrônomo se confunde com a do Instituto Florestal de São Paulo. Começou a trabalhar lá em 1968, quando o instituto ainda era chamado de Serviço Florestal e pertencia à Secretaria de Agricultura - hoje, é da Secretaria do Meio Ambiente. Recém-contratado, foi supervisionar uma unidade em São Miguel Arcanjo. “O serviço era puramente administrativo”, recorda. Yamazoe voltou à sede em 1970 e cuidou da parte orçamentária do órgão até 1980. Depois, assumiu a direção geral do instituto e em 1984 tornou-se diretor da divisão de Florestas e Estações Experimentais.
Andando pela área do instituto, Yamazoe mostra, orgulhoso, uma área de 2 mil metros quadrados, plantada em 1974 e 1976, com 32 espécies nativas. O plantio é chamado carinhosamente pelo agrônomo de “experiência de fundo de quintal”, já que o terreno fica no “quintal” da casa onde ele morou com a família por 36 anos. A área foi batizada de Bosque do Banzé, em homenagem ao cachorro da família que morreu na época e foi enterrado onde hoje está plantado um exemplar de jequitibá branco. Plantados em 1976, um jatobá e um pau-marfim são outras atrações do bosque e motivo de orgulho do agrônomo.
Yamazoe também se anima ao falar de um projeto recente de plantio. Em 2000, foi instalado no Parque Estadual Alberto Löfgren (Horto Florestal), no Instituto Florestal, na capital paulista, o Arboreto Comemorativo dos 500 Anos do Brasil, com o plantio de 500 árvores de 24 espécies nativas diferentes, mais 50 cerejeiras do Himalaia. O arboreto, com área de um hectare, marcou a comemoração de 500 anos do descobrimento do País e as cerejeiras simbolizam a cooperação entre Brasil e Japão. Universidades, escolas, empresas e associações que aderiram ao projeto pagaram R$ 100 por árvore. Hoje, o local recebe a visita de mais de mil estudantes de ensino fundamental por mês. Para o agrônomo, não existe método de educação ambiental mais eficiente. “Eles descobrem, por exemplo, que o pau-brasil ainda existe, que não está extinto.” Outra prova de que o investimento compensa é que o arboreto, em sete anos, já seqüestrou 39 toneladas de carbono.
Aposentado há dois anos, Yamazoe não se esquece do tempo em que trabalhou e morou no instituto. “A desvantagem de morar no trabalho era quando aparecia alguma emergência de fim de semana - normalmente algum incêndio - e não tinha como fugir”, ri. Mas não se arrepende: “Criei meus filhos lá e tinha a facilidade de morar perto do emprego. Sinto-me um privilegiado.
”MODELO DE CULTIVO
Este ano, Yamazoe planeja aproveitar os festejos do centenário da imigração japonesa no Brasil para divulgar e instalar os primeiros projetos na comunidade nipo-brasileira do projeto “Florestas de uso múltiplo”, modelo de cultivo florestal que pode tornar viável o plantio de árvores nativas com o auto-custeamento da produção. “É até irônico: embora o Japão tivesse tradição florestal, o trabalho de muitos imigrantes japoneses no Brasil era desmatar e abrir espaço para lavouras de café. Essa tradição de plantar árvores ficou adormecida por 100 anos.” Para ele, o desinteresse para as atividades florestais se explica pela falta de tradição florestal do Brasil e pela ausência de uma política florestal consistente e de incentivo. “A resistência de produtores em cultivar espécies nativas normalmente vem do alto investimento, demora no retorno financeiro e dificuldade técnica de manejo.
”Pelo modelo de reflorestamento proposto por Yamazoe, porém, investe-se na diversificação de produtos, em busca de um manejo sustentável da área produtiva. “Para o agricultor, que precisa de retorno econômico, o modelo pode ser adotado em áreas de reserva legal, que podem ser exploradas comercialmente.” A idéia é que o agricultor lucre enquanto a floresta for crescendo, com cultivos anuais (milho e soja, por exemplo), frutas e extração de madeira, com cada grupo plantado dentro de uma faixa e obedecendo a critérios agronômicos.
A curto prazo, em quatro a cinco anos, já haverá produção de frutos com potencial econômico, como araçá, uvaia, cambuci, cabeludinha, grumixama etc, além de sementes de espécies pioneiras, que têm crescimento rápido e vida curta. A médio prazo, a partir de 10 a 15 anos, o agricultor poderá lucrar com a extração de madeira branca, como guapuruvu, tamboril, anda-açu e caixeta, além da produção de palmito juçara, cujos frutos podem ser aproveitados para a produção de alimento. A longo prazo, em 30 anos, já haverá a possibilidade de produzir madeira nobre, como jatobá, jequitibá e guanandi. Para o agrônomo, o mais importante é não ficar se lamentando sobre o desmatamento e investir no replantio de árvores nativas, “que não demora e não é tão difícil quanto se pensa”. A fiscalização ostensiva adotada para frear o desmatamento, para ele, é ineficiente e cara.
Yamazoe espera que, assim como os primeiros 100 anos da imigração japonesa foram marcados pela excelência da comunidade nipo-brasileira na produção agrícola, o próximo centenário seja lembrado pelo avanço das atividades florestais no País, de forma a conciliar preservação ambiental e ganhos produtivos. “Ao longo dos anos, temos constatado uma consciência florestal da comunidade, o que me leva a apostar em uma mobilização para um plano de reflorestamento.” Para ele, é preciso pensar além dos ganhos econômicos. “Em termos ambientais, ter um jatobá na propriedade é uma valorização e tanto. Vale a pena cortá-lo para extrair a madeira ou não?”, questiona. “Penso que mesmo que não haja um centavo de lucro, o saldo será positivo. Em último caso, sobra a floresta, o que já é muita coisa.
”Sementes não germinaram, mas são símbolos''
O Instituto Florestal manteve, por 25 anos, uma rica parceria técnica com a Japan International Cooperation Agency (Jica), órgão do Ministério dos Negócios Estrangeiros do governo japonês. De abril de 1979, com o início do projeto Pesquisas Florestais no Estado de São Paulo, a abril de 2004, com o encerramento do projeto Pesquisa em Conservação de Florestas e do Meio Ambiente, foram compartilhadas pesquisas nas áreas de manejo de bacias hidrográficas, recuperaçãoflorestal e controle de erosão.
O agrônomo Guenji Yamazoe relata que, em 1951, o instituto recebeu uma carta do reitor da Universidade de São Paulo (USP) com uma solicitação do reitor da Universidade de Hiroshima, que pedia mudas e sementes. A solicitação, conta Yamazoe, fazia parte de uma campanha de recuperação de áreas verdes da cidade japonesa, que havia sido atingida pela bomba atômica em 1945, fato que marcou o fim da Segunda Guerra Mundial. Foram enviadas pelo então Serviço Florestal sementes de 20 espécies, das quais 19 eram de plantas nativas. Em julho de 1992, quase 40 anos após a campanha, Yamazoe, em viagem ao Japão, passou pela Universidade de Hiroshima, onde teve acesso às sementes enviadas, todas catalogadas e registradas. “A germinação das sementes deve ter sido nula, pois foram pelo menos dois meses de viagem de navio. Mas o valor simbólico do gesto marcou definitivamente as atividades do Instituto Florestal.”
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Pobres árvores da nossa região:
Categoria: Paisagens e lugares
Autor: Robinson Dias
Caminhando pelas ruas da zona norte e outros bairros outrora repletos de árvores nas ruas, me aborrece ver uma aqui, outra alí, isoladas e depenadas ou, com os troncos machucados, rachados, descascados, e o pior de tudo, com as raízes totalmente cobertas com a concretagem das calçadas, não permitindo que a água penetre na terra e alimente a planta. É um verdadeiro crime cometido por pessoas que, sem a intenção cometem com esses seres vivos que tanto nos fornecem benefícios, abrigam os pássaros, nos dão oxigênio, seus frutos e até mesmo nos serve de leito desde o nascimento ao eterno.
Não são somente populares dos bairros que impermeabilizam as calçadas ou fazem o desbaste e abate de árvores um dia plantadas nas suas calçadas, temos ainda os serviços da prefeitura que também pouco o faz para reverdecer as ruas, basta olhar ao redor dos bairros da zona norte, quer um exemplo: olhe as calçadas da Av, Pery Ronchetti, em gente á escola Rita Bicudo Pereira não houve árvores plantadas, recentemente a calçada foi reconstruída e novamente nenhuma árvore foi plantada. Olhe em frente os comércios que proliferam na região da vila Amália e Lauzanne, e por fim, olhe nas calçadas em frente a sua casa.
As árvores não nos pedem adubo, agrotóxicos, fertilizantes. Elas só nos pedem que ao redor de seus troncos, em um diâmetro de 50 cm, deixemos a terra nua para que a chuva possa chegar às suas raízes, e pedem POR FAVOR: não construam aqueles malditos murinhos em torno da árvore, a menos que você a adote e se obrigue a diariamente molhar, dentro da piscininha seca, onde todo mundo joga pontas de cigarro, latinhas de cerveja, lixo e outras porcarias.Estamos em 2008, e logo estaremos em 2009, e nesses últimos séculos nós somente causamos prejuízos à natureza.
Perdão, Irmãs Árvores, perdão pela nossa ignorância, descaso, oportunismo e perversidade, e esse pedido de perdão é o mesmo que pedimos aos excluídos, aos agredidos socialmente e a todos aqueles a quem a humanidade cometeu crimes de todas as espécies.
Autor: Robinson Dias
Caminhando pelas ruas da zona norte e outros bairros outrora repletos de árvores nas ruas, me aborrece ver uma aqui, outra alí, isoladas e depenadas ou, com os troncos machucados, rachados, descascados, e o pior de tudo, com as raízes totalmente cobertas com a concretagem das calçadas, não permitindo que a água penetre na terra e alimente a planta. É um verdadeiro crime cometido por pessoas que, sem a intenção cometem com esses seres vivos que tanto nos fornecem benefícios, abrigam os pássaros, nos dão oxigênio, seus frutos e até mesmo nos serve de leito desde o nascimento ao eterno.
Não são somente populares dos bairros que impermeabilizam as calçadas ou fazem o desbaste e abate de árvores um dia plantadas nas suas calçadas, temos ainda os serviços da prefeitura que também pouco o faz para reverdecer as ruas, basta olhar ao redor dos bairros da zona norte, quer um exemplo: olhe as calçadas da Av, Pery Ronchetti, em gente á escola Rita Bicudo Pereira não houve árvores plantadas, recentemente a calçada foi reconstruída e novamente nenhuma árvore foi plantada. Olhe em frente os comércios que proliferam na região da vila Amália e Lauzanne, e por fim, olhe nas calçadas em frente a sua casa.
As árvores não nos pedem adubo, agrotóxicos, fertilizantes. Elas só nos pedem que ao redor de seus troncos, em um diâmetro de 50 cm, deixemos a terra nua para que a chuva possa chegar às suas raízes, e pedem POR FAVOR: não construam aqueles malditos murinhos em torno da árvore, a menos que você a adote e se obrigue a diariamente molhar, dentro da piscininha seca, onde todo mundo joga pontas de cigarro, latinhas de cerveja, lixo e outras porcarias.Estamos em 2008, e logo estaremos em 2009, e nesses últimos séculos nós somente causamos prejuízos à natureza.
Perdão, Irmãs Árvores, perdão pela nossa ignorância, descaso, oportunismo e perversidade, e esse pedido de perdão é o mesmo que pedimos aos excluídos, aos agredidos socialmente e a todos aqueles a quem a humanidade cometeu crimes de todas as espécies.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
São Paulo debate descentralização da Gestão Florestal no Brasil
Especialistas ambientais discutiram hoje, 17.04, na sede do Instituto Florestal a atual situação da descentralização da Gestão Ambiental em nosso país.
O Instituto Florestal, órgão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, foi o local do encontro do Grupo de Ação do Setor de Base Florestal em São Paulo. A reunião que aconteceu hoje, 17.04, teve como objetivo avaliar o atual estágio do processo de descentralização da gestão florestal no Estado de São Paulo e discutir a integração do sistema de origem florestal no Brasil e sua aplicação em nosso estado.
O Programa São Paulo Amigo da Amazônia, que é desenvolvido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, é um dos exemplos da parceria estabelecida com o Governo Federal no sentido de conter o desmatamento nessa região do Brasil. “O programa já está na sua segunda fase. Em um primeiro momento a fiscalização era primordial, hoje, a silvicultura, já integra uma nova etapa.” – esclarece Cláudio Henrique Monteiro - Diretor do Instituto Florestal.
O Estado de São Paulo apresenta áreas, que necessitam ser aperfeiçoadas, no sentido de começarem a suprir um consumo de madeira plantada, como o eucalipto que foi introduzido em nosso estado na década de 30. Esse avanço se deve principalmente ao esforço de tornar a silvicultura uma técnica aplicada em solos paulistas, com o objetivo de evitar o desmatamento e suprir o mercado com uma madeira plantada, que é renovável indefinidamente. Essa ação irá convergir para sustentabilidade do Estado.
São Paulo conta com 1 milhão de hectares de área reflorestada de eucaliptos, pinus e seringueira, que são consumidos na construção civil e pelo setor moveleiro.”Como se criou junto à comunidade o conceito de que a caça é ilegal temos que criar o conceito de usar uma madeira legal” – salienta Cláudio Monteiro.
Para Francisco Kronca, pesquisador do Instituto Florestal, a madeira da seringueira é de ótima qualidade para móveis e hoje ela é principalmente utilizada na confecção de carvão. “ A madeira da cultura da seringueira no pólo da Borracha de São Paulo pode substituir a demanda de madeira da Amazônia.” – pondera o especialista do IF.
Os 645 municípios do Estado de São Paulo já possuem, cada um deles, um mapeamento florestal, informação vital, por exemplo, para consolidar projetos como o “Município Verde” desenvolvido pela atual gestão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. “O maior patrimônio do nosso trabalho é a equipe técnica que compõe o instituto que faz o que gosta” – justifica Kronca.
Para Fernando Paiva, Diretor do Programa Nacional de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, um dos palestrantes presentes ao encontro, “a parceria com os estados e municípios da união e fundamental para gestão florestal compartilhada”. O conceito emitido pelo especialista é compartilhado pelo representante do IBAMA, Carlos Fabiano, que completa a informação ressaltando a importância do banco de dados das áreas de floresta.
O estado de São Paulo conta com uma plantação de 12 mil hectares /ano de borracha com uma meta de plantio de mais quinhentos mil hectares. “Devemos sempre reforçar que ser amigo da Amazônia é não esquecer dos projetos de sustentabilidade desenvolvidos na região. “São Paulo quer abrir as portas para uma madeira legalizada vinda da Amazônia e completar a sua necessidade de mercado com madeira plantada em seu território” – conclui Cláudio Monteiro.
Texto Cris Couto
Fotografia Robinson Dias
O Instituto Florestal, órgão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, foi o local do encontro do Grupo de Ação do Setor de Base Florestal em São Paulo. A reunião que aconteceu hoje, 17.04, teve como objetivo avaliar o atual estágio do processo de descentralização da gestão florestal no Estado de São Paulo e discutir a integração do sistema de origem florestal no Brasil e sua aplicação em nosso estado.
O Programa São Paulo Amigo da Amazônia, que é desenvolvido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, é um dos exemplos da parceria estabelecida com o Governo Federal no sentido de conter o desmatamento nessa região do Brasil. “O programa já está na sua segunda fase. Em um primeiro momento a fiscalização era primordial, hoje, a silvicultura, já integra uma nova etapa.” – esclarece Cláudio Henrique Monteiro - Diretor do Instituto Florestal.
O Estado de São Paulo apresenta áreas, que necessitam ser aperfeiçoadas, no sentido de começarem a suprir um consumo de madeira plantada, como o eucalipto que foi introduzido em nosso estado na década de 30. Esse avanço se deve principalmente ao esforço de tornar a silvicultura uma técnica aplicada em solos paulistas, com o objetivo de evitar o desmatamento e suprir o mercado com uma madeira plantada, que é renovável indefinidamente. Essa ação irá convergir para sustentabilidade do Estado.
São Paulo conta com 1 milhão de hectares de área reflorestada de eucaliptos, pinus e seringueira, que são consumidos na construção civil e pelo setor moveleiro.”Como se criou junto à comunidade o conceito de que a caça é ilegal temos que criar o conceito de usar uma madeira legal” – salienta Cláudio Monteiro.
Para Francisco Kronca, pesquisador do Instituto Florestal, a madeira da seringueira é de ótima qualidade para móveis e hoje ela é principalmente utilizada na confecção de carvão. “ A madeira da cultura da seringueira no pólo da Borracha de São Paulo pode substituir a demanda de madeira da Amazônia.” – pondera o especialista do IF.
Os 645 municípios do Estado de São Paulo já possuem, cada um deles, um mapeamento florestal, informação vital, por exemplo, para consolidar projetos como o “Município Verde” desenvolvido pela atual gestão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. “O maior patrimônio do nosso trabalho é a equipe técnica que compõe o instituto que faz o que gosta” – justifica Kronca.
Para Fernando Paiva, Diretor do Programa Nacional de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, um dos palestrantes presentes ao encontro, “a parceria com os estados e municípios da união e fundamental para gestão florestal compartilhada”. O conceito emitido pelo especialista é compartilhado pelo representante do IBAMA, Carlos Fabiano, que completa a informação ressaltando a importância do banco de dados das áreas de floresta.
O estado de São Paulo conta com uma plantação de 12 mil hectares /ano de borracha com uma meta de plantio de mais quinhentos mil hectares. “Devemos sempre reforçar que ser amigo da Amazônia é não esquecer dos projetos de sustentabilidade desenvolvidos na região. “São Paulo quer abrir as portas para uma madeira legalizada vinda da Amazônia e completar a sua necessidade de mercado com madeira plantada em seu território” – conclui Cláudio Monteiro.
Texto Cris Couto
Fotografia Robinson Dias
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